Recomendo assistir ao Seminário Reforma Tributária e Financiamento da Saúde, que contou com a participação da professora Sulamis Dain, do prof. Eduardo Fagnani, do Conselheiro Nacional de Saúde Getúlio Vargas Jr. e do senador Rogério Carvalho da Comissão Mista da Reforma Tributária do Congresso Nacional. Organizado pelo canal da videoSaude da FIOCRUZ, foi um momento privilegiado para uma análise de qualidade da questão fiscal no Brasil e para fazer comparações internacionais. As intervenções qualificam o debate sobre os riscos de inviabilizar o financiamento de políticas públicas, especialmente na saúde.
Dentre as mazelas que afetam a sociedade e a economia brasileira, a mais transversal é a desigualdade. Isso tem origem em nossa matriz social, originada no escravismo, no latifúndio e na monocultura, e, portanto, pouco apta à modernização. Mas essa máquina de gerar desigualdades tem sido recriada com a elaboração de verdadeiras jabuticabas no âmbito fiscal. Agora mesmo, em plena pandemia, uma reforma fiscal é anunciada e sua principal promessa seria a simplificação, mantendo a mesma toada singular e destacada no mundo como uma das mais injustas, pois tira dos de baixo e das camadas médias para presentear os extratos mais altos de renda e propriedade. Quanto mais aumenta a renda, maior a isenção.
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