Os mais de 70 pontos com bloqueios de estradas em pelo menos oito Estados, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso (foto), os dois últimos também tomados de gaúchos, são feitos por seguidores do sujeito derrotado, que acreditaram e continuam acreditando no blefe do golpe.
Bolsonaro recolheu-se ontem e recebeu apenas o general Braga Netto porque decidiu esperar o que iria acontecer.
O sujeito achou que poderiam se disseminar as manifestações de caminhoneiros em todo o país. Ele ficaria só esperando.
Há uma dúzia de bloqueios criminosos de rodovias na parte norte do Rio Grande do Sul, na região de colonização europeia, onde o racismo, a xenofobia e o fascismo predominam.
Se fossem militantes de movimentos sociais, estariam presos. Como são ativistas de um golpe brancaleone, não vai acontecer nada com eles.
E a maioria deles é de descendentes de europeus miseráveis, que vieram para o Brasil no século 19 para continuarem vivendo.
Bolsonaro empurrou esses tios e as tias do zap para uma aventura maluca. Um confronto com morte é tudo o que ele espera.
O derrotado apostou no caos nas estradas, desde as barreiras de ontem para impedir a votação, e esperou um levante após o anúncio da vitória de Lula.
Foi dormir pensando na possibilidade de ser acordado de madrugada com a informação de Carluxo de que o país estava em convulsão.
Como as instituições ainda dormem, os incendiários de pneus voltam para casa hoje e a vida continua.
São muito mais arruaceiros do que golpistas, que têm a certeza da impunidade, porque estão a serviço de poderosos de pequenas cidades.
Ninguém espera uma reação das polícias. Mas e o Ministério Público?
Se prendessem três tios golpistas que estão bloqueando estradas, os outros iriam pra casa.
Mas a tese sempre plantada pela direita, como ameaça, é que se prenderem um, o Brasil se levanta.
E assim os tios do zap continuam brincando de golpe.
E as autoridades? Às autoridades, segundo Gilmar Mendes, falta brio.
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