O tema central da Grifo 9 é a pandemia e a CPI da Covid. Atingimos meio milhão de mortos com todos indícios de que a escala da pandemia é um projeto deliberado do fascismo colonial em curso, insuportável até mesmo aos olhos de setores da direita liberal, ainda prisioneiros do ultraliberalismo econômico.

O humor, a ironia, o sarcasmo tem um caráter libertador, ainda que possa ser doloroso: “só dói, quando rio.” O humor de Grifo defende o caráter universal de humanidade, herdado do Iluminismo, mas consciente do caráter contraditório de nossa civilização. Um humor consciente da possibilidade real do “eclipse do humano”, como se viu no nazifascismo, e cotidianamente destilado por Bolsonaro e suas hostes. Um humor que preenche vazios, onde palavras podem escassear, conduzindo a um equilíbrio delicado entre charges e texto. Textos que vão nesse número desde considerações psicanalíticas sobre o humor, às artes plásticas de recorte neoexpressionista/feminista, ao papel da mídia e impasses da cultura em uma longa entrevista, ao desastre econômico, aos conflitos distributivos, à emergente resistência latino-americana, às “iluminações” de pequenas frases.

Tudo sem nostalgias paralisantes. Não é pouco.

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